Em 2020, foram concedidas autorizações para 4.750 novos hectares de vinhas, 17.688 hectares para replantação e 1.242 hectares para conversões de antigos direitos de replantação.
A 31 de Julho de 2020, o potencial de produção de vinho em Espanha ascendia a 989.279 hectares.
O Ministério da Agricultura, Pescas e Alimentação (MAPA), publicou hoje um relatório contendo informações completas sobre as autorizações concedidas em Espanha em 2020 e o potencial de produção de vinho em 31 de Julho de 2020, localizado 96% em territórios protegidos por uma denominação de qualidade.
Esta publicação contém as informações recebidas das Comunidades Autónomas em conformidade com as disposições da regulamentação nacional sobre o potencial vitícola e, neste caso, corresponde à campanha vitícola de 2019/2020, que terminou a 31 de Julho.
A primeira parte do documento apresenta informações completas sobre o resultado da concessão de autorizações para novas plantações de vinhas, para replantações e para conversões de antigos direitos de replantação em 2020.
Assim, em 2020 foram concedidas autorizações para 4.750 hectares de novas plantações, para 17.688 hectares em replantação e para 1.242 hectares como conversão de direitos de replantação.
A segunda parte contém informações mais completas sobre o potencial de produção de vinho em 31 de Julho de 2020: a sua composição e evolução, distribuição da área plantada com vinha por destino de produção e por casta, plantações realizadas e distribuição das explorações vitícolas.
Nesta data, o potencial de produção de vinho totalizava 989.279 hectares e a área plantada com vinha totalizava 944.478 hectares, ambos valores 0,6% inferiores aos registados no final do ano anterior de viticultura.
O potencial de produção de vinho é constituído pela área plantada com vinha, que representa 96%, e pelos direitos e autorizações que não foram exercidos. Deste segundo componente, os direitos de replantação em vigor foram reduzidos para 9.001 hectares e as autorizações não exercidas ascenderam a 35.800 hectares.
O relatório inclui também informações adicionais sobre a caracterização do sector, entre as quais se destacam as seguintes:
- O número de explorações (555.475) continua a diminuir enquanto a superfície média por exploração aumenta.
- 69% das explorações têm menos de meio hectare e no seu conjunto representam 6% da vinha, enquanto 4% das explorações têm mais de 10 ha e representam 59% da vinha.
- A percentagem de castas de uva de vinho é a mesma do ano passado e corresponde a 52% de tintos e 48% de brancos. A área restante é uma mistura de variedades.
- Airén é a casta de uva de vinho que ocupa a maior área em Espanha (204.507 ha), mas em declínio. É seguida de perto pela variedade Tempranillo (202.253 ha), cuja área está a aumentar. A área plantada destas duas variedades destaca-se muito acima das outras variedades.
- As variedades que mais foram plantadas desde 2020 foram Tempranillo e Garnacha Tintorera, seguidas de Verdejo e Syrah. Airén, bobal e garnacha vermelha foram os que mais diminuíram.
CRESCIMENTO CONTROLADO
Devido à sua importância social e económica, a viticultura tem sido uma actividade regulada desde os tempos antigos. Actualmente é regido pelo sistema de autorizações de plantação de vinhas, que substituiu o sistema de direitos de plantação em 2016.
Consequentemente, só pode plantar vinha se tiver uma autorização de plantação, o que só pode ocorrer em três casos: se tiver autorização para novas plantações (cada ano a área nacional pode crescer no máximo 1%), a partir de uma vinha arrancada (replantação) ou de um direito de replantação reconhecido, mas ainda não executado (autorização por conversão de direitos de replantação). Os jovens e viticultores com pequenas explorações têm prioridade nos seus pedidos de autorização para novas plantações.
Estas restrições impedem o crescimento descontrolado que poderia causar distorções do mercado e danos à imagem das denominações de origem protegidas.
